Internet das coisas: O que é e como ela impactará a economia?

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Internet das coisas conhecida popularmente pelo acrônimo IoT, as iniciais em inglês para Internet of Things.

No conceito “internet das coisas”, as empresas e pessoas contam com soluções vindas de objetos – leia-se coisas, dotados de capacidades computacionais, os quais captam, interpretam e geram resultados para entregar através da internet.

Mesmo sendo uma evolução da  tecnologia, a internet das coisas não é algo distante, economias desenvolvidas já usam sistemas IoT e em um futuro não muito distante o conceito será mais comum a nível global.   

A Internet das coisas elevará a maneira com a qual interagimos com os objetos físicos no ambiente digital, o que significa um universo de possibilidades e pavimentará o caminho do acesso a um novo mundo inteligente, do qual trataremos nesse artigo.

O que significa Internet das coisas?

A Internet das coisas é um conceito que representa um grupo de objetos que, por meio de sensores interligam-se a softwares para transformar dados de uso em informações úteis via internet para o usuário.

Quando o assunto é internet das coisas, objetos de uso pessoal com capacidades computacionais poderão oferecer soluções baseadas em informações de uso.

É o exemplo dos carros inteligentes, onde não há a necessidade de um motorista, e com um sistema autônomo, o veículo se desloca na mais perfeita condição, tanto em performance, quanto na manutenção preventiva, pois o sistema IoT do carro notificará quando chegar a hora da manutenção.

Por mais que o assunto pareça moderno, a primeira citação de “Internet das coisas” foi em 1985, no entanto o termo ficou conhecido somente no final dos anos 90, e ganhou mais força nos últimos anos.

E como funciona a internet das coisas?

Para entender melhor o conceito de internet das coisas é preciso esclarecer algumas partes primeiro, começamos pelo objeto:

O Objeto

O Objeto, dentro do termo internet das coisas, representa a “coisa” (thing).

O objeto precisa ter uma identificação tecnológica, exemplos de identificação tecnológica são: Tag de curta frequência (RFID), código de barras, etc.

Essas tag RFID são bastante usadas em logística, pois contém várias informações do produto e podem ser lidas extremamente rápido, algo em torno de 700 produtos por segundo, o que permite validar informações de um lote ou conteiners inteiros em pouco tempo.

A identificação é importante neste processo, pois ela dá ao objeto características únicas que são responsáveis por garantir o objeto como único.

Por exemplo, um relógio comum é só um objeto, se o usuário perder ninguém sabe de quem é. Porém um relógio inteligente tem as informações próprias do seu usuário, o que o torna personalizado. Se o relógio inteligente for perdido, ao ser encontrado é possível saber a quem pertence.

Além de identificação o objeto IoT também precisa de sensores para transmitir a um sistema informatizado as sensações que objeto agora consegue sentir.

Os dados vindos dos sensores trazem do objeto informações de: som, visual, sensação de calor e frio, entre outras.

Por sua vez, as sensações em forma de dados são enviadas a um sistema de comunicação do objeto que envia os dados para a nuvem onde os dados sensoriais do objeto se transformam em informação.

A Comunicação

A comunicação entre os objetos e sistemas IoT é uma parte muito importante nesse processo. Os sistemas de comunicação são meios usados para enviar dados de uso do objeto para o usuário, alguns desses meios são:

  • Zigbee – é um tipo de rede sem fio de baixa potência e por proximidade;
  • NFC (near field communication – campo de comunicação próxima) é uma tecnologia de comunicação sem fio presente em smartphones, funciona com proximidade;
  • Bluetooth – tipo de conexão sem fio de curto alcance, normalmente usado para troca de dados entre dispositivos;
  • Rede wifi – rede de internet sem fio.

Para garantir a comunicação entre objetos e sistemas IoT, a quantidade de dados e a distância são fatores determinantes.

Análise de dados

É onde está a essência da internet das coisas, é onde a mágica acontece.

A análise de dados é fundamental, ela é responsável por identificar padrões ocultos de comportamento no objeto IoT e correlacioná-los com eventos, e então consegue prever esses eventos.

Para isso tudo ser possível é determinante que o sistema tenha interoperabilidade.

A interoperabilidade permite a dois sistemas compreender perfeitamente as interfaces e trabalhar com outros sistemas ou produtos.

De acordo com pesquisa da Mackinsey, a interoperabilidade entre os sistemas IoT é extremamente importante para capturar o valor máximo de experiência. Em média, ela é necessária para 40% do valor potencial dos aplicativos IoT e quase 60% em alguns ambientes.

Segurança é outro fator decisivo, pois para proporcionar facilidades e confortos ao usuário o sistema deve oferecer segurança e privacidade, afinal de contas são seus dados que estão personalizando a experiência.

Aplicação

A aplicação IoT  funciona com transformação de dados obtidos dos objetos em informação enviada à rede de internet que por sua vez, notificará no seu dispositivo móvel informações que sejam de sua utilidade.

E como isso seria na prática?

Por exemplo: produtos que você usa no dia a dia, como suco, margarina, enlatados, etc, esses produtos terão identificações próprias, como tag RFID, estes sensores enviarão informações próprias do produto para a geladeira inteligente que enviará os dados para a sua rede wifi e esta enviará para seu smartphone dados importantes do seu produto, como: quanto ainda resta do produto, se a data de validade está próxima, quais receitas você pode fazer com a quantidade de produto que tem na embalagem entre outras informações.

Onde será usada a internet das coisas?

De acordo com o levantamento da Mackinsey separamos um resumo dos principais ambientes onde a internet das coisas pode gerar mais valor, são elas:

  1. Humano: Dispositivos conectados ao corpo humano, os famosos wearables (em tradução livre usáveis), como: smarphones, smatwatch, SmatTV, SmartCar. Com a função de monitorar e manter a saúde e bem estar, prevenindo doenças e melhorando as atividades.
  2. Casa: casas inteligentes irão mapear o comportamento do morador e automatizar ações personalizadas de acordo com padrões. Ex.: se você acende a luz todo dia no mesmo horário, essa lâmpada acenderá automaticamente quando você chegar no ambiente.
  3. Ambientes de compra: Qualquer lugar aonde pessoas vão para fazer compras, tais como:lojas, bancos, restaurantes, etc. Ex.: será possível receber notificações em tempo real de ofertas daquele dia, realizar o seu pagamento e passagem de itens de compra tudo automatizado.
  4. Escritórios: locais nos quais pessoas de áreas mais administrativas trabalham. Exemplos de automação: gestão de energia e segurança de edifícios de empresas, otimização na produtividade.
  5. Indústrias: Ambientes de produção, locais com rotinas repetitivas de trabalho, incluindo hospitais e fazendas. Exemplos de automação: operações eficientes, otimizações no uso de equipamentos e estoque.
  6. Locais de trabalho: Ambientes de produção personalizados como: mineração, petróleo e gás, construção. Exemplos de automação: Performance operacionais, manutenção preditiva, saúde e segurança.
  7. Veículos: Sistemas dentro de veículos em movimento. Veículos, incluindo carros, caminhões, navios, aeronaves, trens, etc. Exemplos de automação: manutenção baseada na condição, design baseado no uso, análise pré-venda.
  8. Cidades: Ambientes urbanos, espaços públicos e infraestrutura em ambientes urbanos. Exemplos de automação: controle adaptativo de tráfego, medidores inteligentes, monitoramento ambiental, gerenciamento de recursos.
  9. Externo: Ambientes urbanos e outros ambientes externos, nestes usos externos incluem trilhos de trem, veículos autônomos (fora de localizações urbanas) e navegação aérea. Exemplos de automação: roteamento em tempo real, navegação conectada, rastreamento de remessa.

Internet das coisas nos negócios

A indústria já é um campo fértil para a internet das coisas, e por meio dela teremos cada vez mais as automatizações e digitalizações melhorando os processos produtivos e logísticos, levando o cenário à consolidação da indústria 4.0.

Pesquisa da Mackinsey estimou que os usos para aplicações B2B têm maior potencial de valor do que para aplicações convencionais de uso pessoal.

Um exemplo dessas aplicações pessoais pode ser um smartwatch, ele te proporciona saúde, no entanto é um bem individual. Quando falamos da entrega de valor em ambientes de negócios o impacto do valor pode ser percebido por mais indivíduos e o bem é mais coletivo.

As aplicações mais pessoais conseguem passar valor também, porém só aumenta a entrega de valor do sistema IoT no uso pessoal quando vinculados a sistemas B2B, diz o estudo. 

Por exemplo: em dias quentes a temperatura das máquinas com sistemas IoT podem aumentar a temperatura naturalmente, identificando isso o sistema automaticamente ajustara o termostato para regular a temperatura.

Em outras palavras, na troca de dados de aplicações pessoais com dados dos sistemas IoT das indústrias, é possível identificar melhorias nos processos.

A internet das coisas é uma realidade, conforme pesquisa da Gartner, 47% das organizações aumentarão investimentos em internet das coisas apesar dos impactos do COVID-19.

E o estudo da Mackinsey aponta que o investimento estimado até 2025 seja de US$11,1 trilhões em aplicações de internet das coisas, além disso, foi estimado que até 2025 o seu potencial de impacto anual nas economias aconteça antes nas economias mais desenvolvidas com potencial de 63% e depois nas economias em desenvolvimento com 32% de potencial de impacto.

Veja bem, como o Brasil está em desenvolvimento o potencial de forma geral é menor, porém o impacto positivo ainda assim é grande e oferece bons diferenciais se a concorrência já não fizer uso de sistemas IoT .

Lição do artigo!

É preciso estar preparado, a mudança não está chegando, ela já está presente.

A Internet das coisas já está disponível, olhe com cuidado. A tecnologia tem seu lugar garantido no dia a dia das pessoas, e em breve com o avanço das conexões, como a 5g por exemplo, poderemos presenciar ainda mais rápida a evolução para um mundo mais inteligente.

De automatizações e tecnologias nós entendemos e com isso ajudamos diversas empresas em seus primeiros passos rumo à transformação digital.


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