Neste artigo traremos pontos importantes na história do dinheiro, para entender seu real sentido e porque ele influencia governos, culturas, civilizações e a própria história.
Fica com a gente porque este é um assunto de valor 🤑
Como surgiu o dinheiro?
Desde as trocas de bens, recursos e serviços ou permutas, às moedas ou dívida em papel, o dinheiro passou por várias formas até o que conhecemos hoje.
Dinheiro é uma representação de valor, mas antes ainda da sua existência, há mais de 10 mil anos era tudo na base das trocas.
A troca, permuta ou até escambo, são conceitos diferentes da mesma coisa, que vem a ser a prática mais antiga de pagamento por algum bem adquirido.
As trocas podiam ser de bens ou de serviços e não tinha representação de preços, mas era centrada na satisfação de interesses mútuos.
Por volta de 6 a 9 mil anos aC as trocas passaram a ter mais sentido de preço, pois as trocas eram de animais como vacas, ovelhas e camelos, também grãos, vegetais e produtos de agricultura.
A troca evoluiu para outras formas de pagamento, cerca de 12 mil atrás na China usavam conchas de búzios ou cauris como um tipo de moeda.
Já os primeiros indícios de dinheiro tal como conhecemos foram por volta de 1mil anos aC na China, eram versões das moedas de búzios, porém essas eram de cobre e são tidas como as primeiras moedas de metal.
Fontes dizem que foi na região da Lídia, que hoje é parte da Turquia, onde surgiram as primeiras moedas de prata.
Ao contrário da China que usava metal comum, a cunhagem moderna começou a fazer moedas de metais preciosos como prata, bronze e ouro.
Estima-se que o primeiro tipo de cédula surgiu por volta de 118 aC e não era de papel, mas de couro, com um metro quadrado de pele de animal com detalhes coloridos nas bordas.
A cédula de papel, o papel moeda foi criado perto de 806 dC também na China, o sistema de pagamento foi usado por mais de 500 anos.
Com o aumento na produção de cédulas veio sua desvalorização, então aconteceu a primeira inflação da história, por isso o uso do papel moeda caiu por muito tempo até reaparecer na Europa.
Muitos foram os meios monetários que ajudaram a evoluir até que em 1816 na Inglaterra, o ouro foi tido oficialmente como padrão de valor, o “Padrão Ouro”.
Na prática eram notas que representavam uma certa quantia em ouro, foram usadas por muitos anos até que teve seu declínio em 1930, marcando a grande depressão nos EUA.
A reinvenção do dinheiro nos tempos modernos
Durante a história o dinheiro superou a troca de mercadorias, pois tem maior aceitação pela forma prática que representa valor para quem recebe.
O dinheiro nas sociedades modernas passou a influenciar muito além de apenas simples trocas de bens.
Por exemplo, no início do século 14 as principais cidades-estados da Itália travaram guerras intensas.
Porém a dinâmica dessas guerras, era de as cidades-estados contratar mercenários para lutar suas guerras, o que acabava saindo caro.
Para haver guerra é preciso de dinheiro para financiá-la.
Foi assim que a Florença, que ganhou várias guerras em um período de 15 anos, mas saiu de uma dívida de 50mil florins no começo do século 14, para mais de 5 milhões em 1427.
O mesmo cenário faliu grandes cidades, porém foi nessa ocasião da Florença que os títulos foram criados.
No caso os cidadãos tiveram que emprestar dinheiro à cidade, ao invés de pagarem seus impostos, e como pagamento a esse empréstimo forçado eles recebiam juros.
O uso monetário dos títulos era ativo e líquido, pois caso fosse preciso os cidadãos poderiam vender seus títulos a outra pessoa.
Então os títulos passaram a ter o mesmo sentido do dinheiro, porém era mais uma representação de dívida.
No passado foi em grande parte o mercado de títulos quem apoiou muitas das guerras.
Ao longo dos anos, os governos e empresas passaram a usar títulos para pegarem empréstimos em uma escala exponencial.
Hoje o mercado global de títulos ainda é maior que todos os mercados de ações e bolsas juntos.
Muito do que falamos aqui é baseado no completo documentário "A ascensão do Dinheiro" de 2008.
E nesse ano a soma de todos os títulos totalizavam mais de 85 trilhões de dólares!
Proporcionar essa soma para os dias de hoje é quase inconcebível, a não ser para os bancos e grandes fundos globais.
O mercado de títulos é tão forte que a compra e venda de títulos em grandes fundos como a PIMCO (Pacific Investment Management Company), por exemplo, impacta diretamente na economia global.
E o impacto recai sobre o mercado financeiro, as políticas de governo, o valor de nossos benefícios e as taxas de juros que pagamos em empréstimos.
Qual é influência do dinheiro?
A linha do tempo do dinheiro passou por muitas mudanças, e ainda está mudando e mudará mais ainda com a realidade mais recente de blockchain e as criptomoedas.
A ideia de dinheiro evoluiu das trocas por moedas, o que permitiu a criação da precificação.
Graças ao papel-moeda desenvolveu-se o comercio internacional.
Como manobra para não sucumbir à crise por causa da guerra, nasceu o mercado de títulos.
E daí em diante o dinheiro foi ganhando cada vez mais o sentido de confiança.
Afinal, até mesmo o crédito, sendo uma alternativa ao dinheiro vivo, será pago em dinheiro a prazo, o que em outras palavras também acontece na base da confiança.
O valor monetário tem mais ligação com o que ele representa para a outra parte do que o seu valor percebido por quem possui esse valor, moeda, título ou dinheiro.
Afinal, o valor de uma moeda é avaliado de acordo com o seu poder de mercado, por sua autoridade ou até a credibilidade que recebe do mercado ao seu redor.
Conclusão
O dinheiro e a confiança estão ligados, um representa o outro, ao mesmo tempo que ambos influenciam um ao outro.
Como vimos, na própria história, nem sempre o dinheiro está a mão, as vezes são formas de crédito que dão margem ao recebimento.
Adequar a forma de pagamento ao poder de compra de quem se interessa por algum produto ou serviço foi algo que o ser humano percebeu logo no início.
Essas adaptações deram mais força à comercialização o que trouxe muita riqueza e evoluiu o dinheiro até o que conhecemos hoje.